15.12.14

Opinião: Unravel Me

Título: Unravel Me
Autor(a): Tahereh Mafi
Editora: Harper Teen
Formato: Paperback

Lembro-me de ter terminado o primeiro livro desta trilogia, Shatter Me, e de ter gostado tanto que comprei logo o segundo. Mas quando este chegou cá a casa, a vontade de o ler já tinha diminuído e só voltei a pegar nele agora, quase um ano depois.

Esperava gostar tanto deste como gostei do primeiro mas não foi isso que aconteceu. Tive alguns problemas com este livro e até estou um pouco chocada com o que mais me chateou neste livro.

Acho melhor começar por dizer que ainda não percebo o porquê da maioria das pessoas gostarem tanto do Warner. Sinceramente, não consigo perceber o porquê. Apesar de neste livro a sua personagem ter evoluído bastante em relação ao primeiro, mesmo assim continuo a acha-lo um bocado estúpido demais, à falta de melhor adjectivo. Consigo perceber o que a autora quis fazer, com toda a historia da infância torturada e, se normalmente até gosto de personagens que são mais daquilo que mostraram ser, desta vez não me consegui aproximar e afeiçoar à personagem do Warner, algo com que nunca tenho muitos problemas a fazer neste caso. Quando digo isto não quero dizer que odeie a sua personagem, mas simplesmente não entendo o porquê de tanto alarido à sua volta. Se calhar muitos são contra esta opinião, mas eu continuo a preferir um pouco mais o Adam, apesar de achar que o romance nestes livros não acrescenta nada à história e até a torna um pouco irritante (estou tão chocada como vocês por estar a dizer isto).

Pode parecer estranho, vindo de mim, que nunca me oponho a romance nas histórias, e que normalmente até me aborrece um pouco quando este não existe, mas neste caso não gostei de nenhum dos pares românticos e achei que existiam demasiadas cenas sobre este assunto e algumas delas até um pouco pirosas. Até eu fiquei surpreendida por achar isto, mas a verdade é que achei estas cenas um pouco demais e, uma vez que não tinha uma proximidade grande com nenhuma das personagens, entediou-me um pouco ler sobre os problemas amorosos da protagonista.

Ao dizer isto, acho que nem o Warner nem o Adam são bons pares românticos, porque parecem os dois demasiado obcecados com a Juliette e isso incomoda-me um pouco. 

Passando a personagens que gostei muito, tenho de falar do Kenji e do James. Duas personagens que conhecemos no primeiro livro e que foram as minhas personagens preferidas ao longo deste segundo. O Kenji tornou-se a minha personagem preferida desta série e adorei todas as suas intervenções no livro. Se eu pudesse escolher, escolhia o Kenji como par romântico, porque não é totalmente obcecado e, mesmo que esta não seja uma escolha legitima, ficaria muito melhor com a Juliette que qualquer um dos outros dois. Tem uma personalidade muito engraçada e fartei-me de rir com algumas das suas falas. Consegue ser engraçado, mas também consegue desempenhar um papel sério quando o tem de ser. Gostei muito dele e apenas gostava que ele fosse um dos protagonistas. Quanto ao James, o irmão mais novo de Adam, achei-o muito querido e, uma das minhas cenas preferidas do livro, ou melhor, a única que marquei, foi algo que ele diz a Juliette e que eu achei amoroso demais.

da Autoria
Falando na protagonista, admito que ainda não percebi bem se gosto dela ou não. Se por um lado a achei badass nalgumas situações, noutras já estava farta de ler do seu ponto de vista e de todas as
suas dúvidas.

Quanto ao Adam e ao Warner, acho que já disse tudo o que tinha para dizer e, apesar de gostar das suas personagens, o que não sei se com tantas criticas feitas anteriormente nesta opinião é claro, a única coisa que detesto é a sua obsessão pela Juliette.

Algo que não posso deixar de elogiar é o plot twist que eu nunca na vida adivinharia que ocorre, mais ou menos, a metade do livro. Mais não digo, pois seria spoiler, achei que foi muito bem feito e foi o que me deu vontade de continuar a leitura deste livro.

A história por si só, colocando todo o romance à parte, é realmente a única coisa que gostei neste livro e, apesar de no inicio a autora se focar mais na história que depois acaba por perder o foco quando começa o tal triângulo amoroso, achei muito inteligente a forma como Tahereh Mafi explicou esta Terra pós-apocalíptica e a forma simples como explicou os poderes (e que realmente fez sentido).

Apesar de até achar uma certa piada ao estilo de escrita diferente, cansa um pouco ler um livro tão comprido, narrado sempre através de metáforas e, algumas, até um pouco estranhas.

Acho que com esta opinião parece que não gostei mesmo nada do livro, o que não é verdade. Simplesmente tinha expectativas muito altas para este livro, não só por toda esta história dos "super poderes", que faz lembrar um pouco o X-Men, mas porque também esperava gostar da relação do Warner com a Juliette, uma vez que nos primeiro livro não sabemos muito sobre a personagem do Warner e tinha muita curiosidade para ver como a autora iria conseguir alterar a minha opinião sobre ele (onde não teve grande sucesso).

Apesar de só me faltar o último livro desta trilogia, não fiquei com grande vontade de ler o terceiro, especialmente depois de me ter desiludido com este segundo livro. Mesmo assim, só faltando um livro para terminar esta trilogia, o mais provável é pegar nele e espero que a autora consiga mudar totalmente a minha opinião.


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