2.5.15

Opinião: Tatiana and Alexander

Autor(a): Paullina Simons
Editora: Harper Collins Publishers
Formato: Paperback
Da Mesma Autora Li Também: The Bronze Horseman

Esta opinião contém spoilers do primeiro livro, The Bronze Horseman.

Depois do final do primeiro livro, que se tornou num dos meus preferidos de sempre, era impensável não ler o segundo livro desta trilogia. Comprei-o o ano passado, mas ainda não lhe tinha dado uma oportunidade porque ainda estava a ganhar coragem para isso. Em Abril decidi que tinha de mesmo de ler o segundo livro porque fazia um ano de quando tinha lido o anterior e já estava a ser ridículo esperar tanto tempo para o ler.

Este livro começa logo após os acontecimentos do primeiro, incluindo também os flashbacks da vida do Alexander até ao ponto actual da história, o que nos permite descobrir um pouco mais sobre ele e perceber um pouco melhor o porquê de algumas das suas acções. No início os flashbacks não me estavam a agarrar totalmente. Tudo o que eu queria era que a autora continuasse com a história para poder ler mais sobre a relação entre a Tatiana e o Alexander. Eventualmente, percebi que estes flashbacks eram mais do que necessários para a história poder avançar de uma forma mais natural e para que tudo começasse a fazer sentido na cabeça do leitor, porque na verdade, no primeiro livro, não temos grandes respostas para alguns dos acontecimentos.

A primeira parte deste livro é essencialmente a história do Alexander. Como no The Bronze Horseman conhecemos a história da Tatiana, desde a sua infância ao momento actual, neste livro é a vez do Alexander. É difícil engolir e aceitar algumas das coisas pelas quais passou, especialmente tantas delas contra a sua vontade. Acabei por gostar muito de conhecer melhor o Alexander e toda a sua história de vida, especialmente alguns momentos que não fizeram tanto sentido no primeiro livro e que agora percebemos a razão.

Com o final do primeiro livro, já ia preparada para que os dois tivessem separados durante algum tempo e que depois se voltassem a reencontrar. O que não estava a contar foi o tempo que demorou para acontecer o reencontro. Se na altura até já estava a ficar um pouco farta de ter de esperar tanto, agora reconheço que esta antecipação de os ver juntos só ajudou a que o interesse no livro se mantivesse e para aumentar o poder emocional do livro. Mesmo com tanto tempo até à resolução do livro, só no início e mesmo antes de eles se encontrarem é que me senti frustrada por nunca mais acontecer o que queria. De resto, penso que a autora conseguiu entreter o leitor e não colocá-lo a questionar-se constantemente quando é que algo iria acontecer. Achei bastante inteligente por parte da autora o facto de ter colocado flashbacks de momentos entre os dois que nunca tínhamos lido, o que faz com que nunca nos esquecemos quanto gostamos deste casal e a razão pela qual estamos a desesperar a ler este livro.

Estes livros deixam-me sempre completamente exausta mas muito satisfeita no final. Não são todos os livros que ficam connosco durante dias inteiros e a única coisa que queremos falar é sobre eles. Tenho pena pelas pessoas cá em casa e especialmente na faculdade, porque tiveram de me ouvir a falar sobre este livro e mesmo não sabendo nada da história, sofriam comigo (é assim que vemos quem são os nossos verdadeiros amigos!).

No primeiro livro desta trilogia acompanhamos os eventos do começo da Segunda Guerra Mundial e neste segundo o declínio da mesma. Aprendi bastante com este livro, especialmente aquilo que aconteceu depois da guerra ter terminado. Não fazia a mínima ideia (também porque nunca me interessei assim tanto por isso) do que tinha acontecido pós-guerra e quando um livro me faz querer aprender mais sobre o assunto com o qual nem me importava antes, acho que cumpriu a sua missão.

Quando li este segundo livro, ainda com os acontecimentos do outro na minha cabeça, mas não totalmente, é que me apercebi as saudades que senti destas personagens. Durante um ano andei a evitar este livro porque tinha sofrido tanto no outro que tive de fazer uma pausa para ganhar coragem, mas assim que o comecei a ler, aquilo que sentia pelas personagens voltou e foi como não tivesse passado tempo nenhum. Adoro completamente a Tatiana. Tal como já tinha dito na minha opinião do primeiro livro, ela é uma das minhas personagens preferidas de sempre e este livro só veio confirmar isso. Adoro a teimosia dela, a força dela e a forma como cuida dos outros. É mesmo uma personagem bem construída que não me deixa nada indiferente. Quanto ao Alexander, eu adoro-o, mas há momentos que só me apetece bater-lhe. Ele é mesmo daquelas personagens que queremos proteger com todas as nossas forças, mas ele às vezes não deixa. Mesmo assim, este livro ajudou a percebê-lo melhor e a gostar ainda mais dele.

Quanto às personagens secundárias, gostei da Vikki, mas ela irritou-me um pouco. Embora perceba que ela só queria o melhor para a Tatiana, por vezes só queria que ela não dissesse nada e continuasse com a sua vida. De resto, fomos introduzidos a imensas personagens novas, uma que é tão má quanto o Dimitri e outra que voltou a aparecer e que eu adorei completamente. Falando um pouco desta última, e sem dizer quem é porque faz parte da emoção quando o percebemos, adorei que a autora tivesse incluído esta personagem neste segundo volume! Todos os momentos em que aparecia eram um dos meus preferidos e gostava que tivesse tido outro destino, mas compreendo qual era a intenção da autora.

Quanto ao final do livro, foi sofrido mas foi muito bom! A autora apresenta-nos também um epílogo, que na altura, apesar de ter adorado, senti que foi demasiado apressado e que não tinha tanta emoção quanto queria. Mais tarde apercebi-me que o terceiro livro desta trilogia conta em pormenor os anos que a autora saltou no epílogo, o que me deixou muito curiosa para o ler. Já li bastantes opiniões divergentes, umas que dizem que não vale a pena ler o terceiro livro e que só estraga a história e outras que afirmam que vale muito a pena, especialmente por ser tão emotivo como os outros livros. Eu fiquei curiosa para ler o The Summer Garden, especialmente porque achei que faltou qualquer coisa no epílogo, mas também um pouco nervosa. Mesmo assim, como já o tenho cá em casa, vou pegar nele eventualmente, mas só depois de ganhar a coragem para o fazer.

Porque eu sofri demasiado com este livro e de vez em quanto vejo os meus comentários e tenho de me rir!

Demorei o pouco mais do que queria a ler este livro porque o comecei quando estava em época de testes na faculdade (eu não sei porque é que faço isto, mas quando li o primeiro foi igual). Apesar de ser um livro com bastantes páginas, fico feliz por ter pegado nele e por tê-lo lido, finalmente!

Concluindo, apesar de o primeiro livro continuar a ser o meu livro preferido desta trilogia, este segundo não desaponta. Tem tantos elementos de guerra e romance como o primeiro, mas acaba por ser um pouco mais lento no início, o que não é necessariamente mau. Para quem leu o primeiro e não sabe se deve continuar, tudo o que posso dizer é que, apesar de ser um livro bastante longo, não há muito momentos parados e ficamos a saber imenso sobre a vida do Alexander.

1 comentário:

  1. Não estava a pensar em continuar esta trilogia mas depois de ler a tua opinião e ter visto os teus comentários no goodreads conforme ias lendo fiquei curiosa. :D

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